Seja PRIORIDADE na sua vida

sábado, 22 de abril de 2017 Nenhum comentário

Hoje escolho me escutar um pouco mais, cuidar do meu jardim interior e deixar florir.
Hoje quero ser feliz com uma simples caneca de chá, desenhar minha história com caneta permanente para que ela não desbote com o passar do tempo e nem manche com algumas lágrimas derramadas. 
Quero ser protagonista da vida. 
Quero ser minha prioridade.
Só hoje, amanhã eu penso naquilo que posso querer, pode ser a mesma coisa que mal tem?
Vou me lembrar que se eu não sei o que eu quero, não mereço aquilo que tenho
Eu quero ser a prioridade da minha vida para então me merecer!

(Maria Angélica Ono)

Se você me visse agora

Nenhum comentário
"A vida é feita de encontros e despedidas. Pessoas entram na nossa vida todos os dias, a gente da bom dia, da boa noite, algumas permanecem por alguns minutos, algumas permanecem por alguns meses, algumas por um ano e outras por toda a vida. Não importa quem seja, a gente conhece e então, se despede".



Ao ler cada página do livro Se você me visse agora de Cecelia Ahern, a mesma autora de PS. eu te amo, viajei na leitura e pude refletir no quanto a presença de alguém pode implicar em mudanças, seja na forma de enxergar o mundo como a si mesmo, o que era certo passa a ser errado e o errado passa a ser certo, o preto e branco pode ganhar uma nova coloração.

Assim era a vida de Elizabeth Egan, uma bem sucedida designer de interiores. Aos 34 anos ela perdeu definitivamente a crença de qualquer coisa que não seja palpável. Sua rotina era marcada por uma sobriedade, já não via motivo em expressar suas emoções, muito menos enxergava motivos para sorrir, não tinha tempo para perder com bobeiras e coisas sem sentido.
Crescida e criada aos arredores da Irlanda em uma família complicada e desestruturada. A mãe que passava a imagem de uma mulher sonhadora e idealizada por Elizabeth, na verdade não passava de uma viciada que largou a família em virtude do álcool. Deixou para trás o marido até então machista com duas filhas pequenas, entre elas um bebê de colo. Elizabeth se viu na obrigação de cuidar da sua irmãzinha que com o passar do tempo também se tornou alcoólatra e mãe solteira.
Elizabeth precisou largar sua vida, seus amores para então cuidar do seu sobrinho Luke.
Luke um garoto de seis anos aprende a livrar-se da dureza e frieza que cerca sua infância com a ajuda de um amigo imaginário, Ivan. A tia no intuito de estreitar os laços entrou nesse mundo de faz de conta do sobrinho e abriu as portas para Ivan, mas por ironia ela foi surpreendida pelo amor. Ivan de invisível passou ao patamar de visível e mudou a vida de Elizabeth de ponta cabeça. É ai que entra a frase clichê  "Cada um que passa por nós leva um pouco de nós e deixa um pouco de si". Ivan tornou a vida de Elizabeth mais leve e em troca ele aprendeu o sentimento amor.

Pessoas entram e saem da nossa vida a todo momento. Até aquele que cruza o caminho na esquina, aquele que está a frente na fila do banco, aquele que senta ao lado poltrona do ônibus. Cada pessoa trás consigo um problema único e no entanto temos a estranha mania de pensar e julgar que nossos problemas são sempre os maiores e os mais importante, talvez pela nossa crença de nunca parar e enxergar o lado positivo, acho que na verdade podemos sempre tirar um coelho da cartola.

Ficha técnica
Se você me visse agora (If you could see me now)
Cecelia Ahern
1 ed. 2005.303p. Editora Rocco

Entendeu ou quer que desenhe?

quinta-feira, 6 de abril de 2017 Nenhum comentário
Rio de Janeiro, 2016: estupradores jogam no ar um vídeo abusando sexualmente de uma menina. Um deles, após prestar esclarecimentos, saiu da delegacia pela porta da frente, como se estivesse saindo de uma festa, de cabeça erguida, rindo e dando tcahuzinho para as câmeras. O delegado, responsável pelo caso afirmou em entrevista "talvez tenha havido consentimento". Duvidaram da vítima, montagens da menina segurando armas e falando sobre drogas foram criadas, culparam a menina!
Rio de Janeiro, 2016: uma jornalista denuncia o cantor Biel por assédio sexual. Mais uma vez duvidaram da vítima, "ela quer fama em cima dele". E mais uma vez culparam a vítima, "ela estava gostando!" A jornalista foi demitida.
Minas Gerais, 2017: Poliana Bagatini, esposa do cantor Victor Chaves (Victor & Léo) prestou queixa na polícia por violência doméstica e ameaças sofridas pelo marido. Sim, duvidaram mais uma vez da vítima, chamaram-na de louca, desequilibrada. Disseram que ela só queria atenção, no meio de tanta repercussão a então "Louca" retirou a queixa e mais uma vez culparam a vítima.
Rio de Janeiro, 2017: Susllem Tonani, figurinista da rede Globo, acusa José Mayer de assédio sexual. Duvidaram da vítima, "ela quer aparecer". Culparam a vítima "Porque não denunciou antes?"
Hoje: O uso de uma roupa curta é indicio de que você quer ser estuprada- Afinal você está insinuando, você está pedindo.


No primeiro caso uma delegada assumiu o posto, um novo vídeo onde a vítima implorava para que os estupradores parassem foi encontrado.
No segundo caso, um áudio e vídeo mostraram o cantor Biel dizendo que "quebraria a vítima no meio" e "vou te dar uma estupradinha".
No terceiro caso, imagens do cantor Victor Chaves comprovaram o marido empurrando sua esposa.
No quarto caso, José Mayer publicou nota assumindo que assediou a figurinista (depois de ter insinuado que ela não passava de uma demente).

A impressão de que tudo pode. A incerteza da impunidade.

Em todos os casos foi preciso áudio, vídeos, confissão e constrangimento para que acreditassem na vítima. Em todos os casos, nem a denúncia, nem a palavra das vítimas, nem as provas foram suficientes. Ainda tem quem duvide e as culpe pelas agressões sofridas. Ainda tem quem defenda os agressores. Em todos esses casos "ninguém sabe o que aconteceu de verdade" e mesmo que ninguém soubesse mesmo no que aconteceu preferiram acreditar no agressor. E mesmo com provas concretas e palpáveis, ainda tem quem defenda o agressor.

Você não é espancada por ele, mas ele te agride com palavras grotesca. Não te deixa cortar o cabelo porque mulher não combina com cabelo curto. Não te deixa trabalhar fora ou estudar porque mulher foi feita pra cuidar da casa. Não te deixa usar uma mini saia porque seu corpo pertence a ele.
Você foi feita para ser submissa!


Não quero queimar o sutiã, muito menos um mundo cor de rosa
Só quero respeito e limites, andar na rua com tranquilidade.
Não quero ser vista como um pedaço de carne, mas como uma fortaleza.
Entendeu ou quer que desenhe?

Preciso do feminismo porque tem quem culpe a vítima e idolatre o agressor!

#mexeucomumamexeucomtodas

(Texto de @caremdortas adaptado por mim)

Pai o primeiro amor na vida de uma filha

domingo, 12 de março de 2017 Nenhum comentário
Um ano passa voando no calendário, mas passa devagar quando a ausência marca presença.

Um ano atrás eu chorava, chorava lágrimas de dor. Senti o desespero bater na minha porta quando você me escolheu para ser dona do seu último olhar e suspiro (Você apesar de querer não presenciou meu nascimento, mas eu pude estar presente no dia que você nasceu eternamente no meu coração). Não quis aceitar! Como foi duro ver a vida se perder por entre meus dedos quando na verdade eu não sabia conjugar o verbo perder.
Um ano se passou e a única diferença é que não dói tanto, não entro mais em pânico, não me desespero.

Um ano depois eu ainda choro, choro o seu cheiro, suas​ manias, sua "rabugentez". Choro o seu chamar, aquele chamar "Treva" que se referia a mim, choro o que me ensinou (aprendi a varrer o espaço entre a cozinha e a área), choro os sonhos​ que me financiou (melissas e o desejo de ser alguém no mundo custam caro), choro pelo chocolate no "potinho" pra aguardar minha chegada. Choro pela cadeira vazia, choro pela tua ausência. Não tem jeito eu ainda vou chorar pelo meu primeiro amor, não aprendi a conjugar a palavra Saudade.

(Maria Angélica Ono)

Calendário

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017 Nenhum comentário

30 de Janeiro...

Um dia normal se não fosse o dia da Saudade

"Saudade de tantas coisas, entre tanta saudade camuflada a que mais me atormenta tem nome e sobrenome e eu costumava chamar de PAI!"

O lado feio do amor (Ugly Love)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017 Nenhum comentário

O lado feio do amor (Ugly Love)
Colleen Hoover
1 ed. 2015. 336p. Galera Record


O contexto: "Quando Tate Collins se muda para o apartamento de seu irmão, Corbin, a fim de se dedicar ao mestrado em enfermagem, não imaginava conhecer o lado feio do amor. Um relacionamento onde companheirismo e cumplicidade não são prioridades. E o sexo parece ser o único objetivo. Mas Miles Archer, piloto de avião, vizinho e melhor amigo de Corbin, sabe ser persuasivo... apesar da armadura emocional que usa para esconder um passado de dor. O que Miles e Tate sentem não é amor à primeira vista, mas uma atração incontrolável. Em pouco tempo não conseguem mais resistir e se entregam ao desejo. O rapaz impõe duas regras: sem perguntas sobre o passado e sem esperanças para o futuro. Será um relacionamento casual. Eles têm a sintonia perfeita. Tate prometeu não se apaixonar. Mas vai descobrir que nenhuma regra é capaz de controlar o amor e o desejo."

A primeira coisa que me chamou a atenção foi o título do livro. Pensei como pode o amor ter um lado feio? Já que tudo gira em torno do amor, um dos principais mandamentos "Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria (Monte Castelo- Legião Urbana).
 Intrigada fui ler a sinopse e me deparei com o surgimento de um romance. Não um romance mamão com açúcar, mas um romance avassalador e intenso. Quis saber um pouco mais sobre o casal formado Tate Collins e Miles Archer e entender qual seria o lado feio do amor. Me envolvi tanto na história que a cada parágrafo que lia queria saber mais e mais, conclusão em 15 dias já tinha finalizado o livro.

A capa do livro é bastante intrigante e misteriosa. Me perguntava o porque da água 

A história começa com Tate chegando de mudança em São Francisco para cursar o mestrado em enfermagem, me visualizei nela e relembrei dos meus anseios e medos quando me mudei para Piracicaba para cursar o mestrado na ESALQ. Chego a pensar na similaridade dos pensamentos de Tate com os meus ...uma vida nova, um desafio novo, estava saindo da zona de conforto. 
Recém chegada ao apartamento do seu irmão Corbin, um lar provisório até que ela se ajeite a nova vida. Essa cena poderia passar despercebida, mas é ai que tudo começa... Ela se depara com o vizinho, grande amigo do seu irmão, bêbado e obrigada ajuda-o a curar da bebedeira é então nesse momento que atração entre os dois fala mais alto.

Tate é uma mulher independente, daquelas que sabe o que quer. Sem rodeios e mimimi ela percebe que a ligação entre ela e Miles está muito além do contato físico. Ela se apaixona e quer vivenciar esse amor. Apesar das regras impostas por Miles de nunca perguntar sobre o seu passado e nunca esperar por um futuro, ela conserva a esperança de reverter esse quadro. Se sentindo usada somente para satisfazer os desejos de Miles (quem nunca se sentiu usada que atire a primeira pedra!), visto que o pacto selado entre eles é de sexo e nada mais, ela quer dar um basta, mas o desejo de tê-lo fala mais alto que acaba lutando arduamente com o sentimento que brotou dentro de si. Tate tem seu coração dilacerado toda vez que o encontro entre eles termina em um sexo casual e Miles vira as costas, como se tudo tivesse sido um caso banal.

-- A cada passagem do livro eu queria entrar dentro das páginas e olhar para Tate e dizer: "Eu te entendo! Ter o coração triturado dói, mas esse é o preço que se paga por amar!"

Chega um momento da historia que a gente passa a odiar Miles e se pergunta como ele pode agir assim de modo tão frio, mas é ai que mora todo o contexto trabalhado pela autora.

Miles um jovem piloto de avião e bem centrado na sua profissão, foi mutilado pelas atrocidades do destino. Isso explica o porque fez do seu coração uma pedra e não consegue se entregar a mais ninguém, na qual se sente incapaz ou até mesmo não digno de amar. Suas dores e traumas refletem no homem que se tornou.

A capa do livro remete as rasteiras que a vida nos dá. Só depois de alguns capítulos fui entender o porque da água na ilustração. A dor de Miles se torna evidente.

Passagens de sexo é constante em todo enredo, mas nada de muito vulgar ou pesado. Essas cenas se fazem necessária devido a aproximação entre Tate e Miles.

O passado se fazendo presente em todo desenrolar da historia, até mesmo no momento em que Tate sela o começo de amizade com Cap (o "senhorzinho" ascensorista do prédio), segundo Cap nossas manchas de nascença não estão em nós por acaso, mas demonstra a forma de como morremos na vida passada. 
A narrativa de O lado feio do amor se passa com Tate no presente e Miles no passado, ela vai descrevendo como ele é fechado e age de modo estranho, enquanto que ele vai retratando seu lado difícil de imaginar. Os fatos são mostrados aos poucos, mas o sentimento de que algo de ruim vai acontecer está mais do que explicito  o que torna a leitura envolvente e você não quer largar o livro.

"O amor nem sempre é bonito,Tate. Algumas vezes você gasta todo o seu tempo esperando que finalmente algo seja diferente. Algo melhor. Então, antes que você saiba  você está de volta ao primeiro quadrado, e você perdeu seu coração em alum lugar do caminho."

O romance entre Miles e Tate nos ensina que é preciso desapegar do passado, para que um futuro possa chegar. O lado feio do amor passa a ser os pesos que a gente carrega no decorrer da vida que de uma forma ou de outra acaba influenciando no nosso agora.

--- O livro foi adaptado à telona, espero ansiosa  pela estréia. Tudo indica que seja no mês de fevereiro.
O trailer está de babar!!!



Ser para poder pertencer

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Desde que me conheço por gente sempre quis pertencer à alguém. Pertencer, ser de alguém! Entende o poder dessa frase? Na minha cabeça eu só poderia ser feliz de verdade se eu estivesse com alguém. E por muito tempo acreditei nisso. Acreditei em castelos de areia, sapos virando príncipes, acreditei na propaganda feliz de margarina. Acreditei que o meu sexo frágil só seria completo com um macho alfa. E assim fui levando essa maldita sentença enraizada na minha cabeça. Vivendo amores abusivos, mendigando por amor, me anulando para que meu mundo azul (azul da cor do mar) fosse de fato feliz e tivesse um sentido.

Chorei debaixo do chuveiro por me sentir suja, simplesmente porque o "cara perfeito daquele encontro perfeito" me ganhou com meia dúzia de palavras bonitas. Entre um copo de cerveja o papo fluía e eu encantada com seu modo de conduzir, entre uma carência ou outra enroscava no seu corpo e lá estava eu dilacerando meu coração mais uma vez, entregue na boca do leão. Quantas vezes tive crise de ansiedade esperando o telefone tocar, ou até que aquela maldita mensagem de Bom dia refletisse na tela do meu celular, perdi as contas. Sexo casual nunca funcionou comigo e eu não entendia o porque. Na verdade nada de casual combinou com a minha essência. Sabe porquê? Porque sempre detestei mergulhar em rios rasos...
Só o meu travesseiro sabe quantas noites fui dormir com o olho inchado, nunca tive vergonha de chorar ao vivo e a cores. Invejosos dirão que é fraqueza eu digo que sempre deixei a alma transparecer e não há fortaleza que aguente quando o eu interno está saturado. E meu eu interno já não esperneava. Ele berrava, urrava. E volta e meia retornava para casa com o desejo de pertencer à alguém... Engana-se quem pensa que amores abusivos são somente no relacionamento entre homem e mulher.
O abusivo está em toda parte, está naquela conversa de que você já passou da hora, está encalhada...vamos apresentar "fulano", "ciclano" que é o cara para ela- Pera ai! Ninguém ao menos se quer perguntou se eu queria conhecer o "tal" e mais uma vez a maldita sentença de que eu precisava pertencer à alguém me assombrava. E assim mais uma vez retornava pra casa querendo ser de alguém... Depois de mais um relacionamento fracassado, a noite perfeita que era para ser perfeita fez meu castelinho de areia desmoronar...mais uma vez eu era usada e descartada e então sentada (um jeito polido e bonito de dizer) quando na verdade eu estava jogada no chão me sentindo pior que trapo de passar no chão e urinado por centenas de cachorro que percebi que o meu sexo frágil não precisava de um macho alfa para estar completo.Eu já era completa! Pés e mãos completos, processos fisiológicos completos, olhos completos...tudo em mim era completo e em perfeita harmonia. E finalmente eu compreendi que não precisava pertencer à alguém porque eu já pertencia. Pertencia a mim mesma... Pertencia aos meus sonhos, metas, objetivos, pertencia a minha fome por comida, pertencia a minha vontade de ser feliz mesmo que fosse em um castelinho de areia...eu era dona de mim e não pertencente de alguém. Foi ai que entendi a sutil diferença entre ser e pertencer. Ser para poder pertencer...
aH! e o sexo frágil aqui não é nada frágil, dá umas trincadas de vez em quando (ou quase sempre). Ela aprendeu a ser resiliente.
 
Desenvolvido por Michelly Melo.